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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Texto Reflexivo!!


"Gênero e corpo na cultura Brasileira" de Mirian Goldenberg.
Estava fazendo uma leitura para a aula de Lab III...mas acabei me empolgando....acho q foi meio que um desabafo...talvez mais alguem se identifique...

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Recentemente, estudos relacionados a corpo, gênero e “padrão de beleza” começaram a ser mais divulgados. O corpo mais do que nunca se torna objeto de desejo, mas, um desejo diferente, desejo feminino de ter um corpo magro, sem grandes formas, que a “sociedade’ diz ser lindo e até mesmo adequado e o desejo masculino de corpo forte, atlético e bem torneado.
Quando pensamos em moda, logo vem a cabeça roupas, sapatos e acessórios, porém, ultimamente o CORPO está se tornando a moda. Atualmente não pensa-se em uma roupa para usar, pensa-se em um corpo para usar com esta roupa.
As referencias de modelos de beleza dos dias de hoje são quase que exclusivamente extremamente magras, altas e quase sempre louras. Onde estão as mulatas do nosso país? Onde estão os homens talvez não tão “perfeitos” com suas “barriguinhas de cerveja”? Nós moramos no Brasil!!!
Se pensarmos em como eram as mulheres ditas lindas há alguns anos, diríamos que elas tinham quadril largo, seios pequenos, baixa estatura, basicamente “gordinhas”. Um exemplo clássico é a Monaliza. Se folhearmos um livro de historia do Brasil, por exemplo, encontraremos mulheres com esse biotipo fazendo sucesso e sendo felizes. Mas e hoje? Para serem bonitas as mulheres tem de serem altas, magras com peitos grandes e louras? Os homens ter de ter a clássica “barriga de tanquinho” para serem saudáveis? As rugas se tornaram marcas de vida e experiências inaceitáveis?
Hoje quase não encontramos mais a bela diferença de culturas que sempre existiu, isto está se tornando raro, homens e mulheres estão perdendo suas características.
Não é difícil de encontrarmos uma ocidental loura, por exemplo, nos dia de hoje. E acredito que isto seria um fato inimaginável para meus avós!
Claro que não podemos deixar de pensar e querer ter uma vida saudável, mas para ser saudável não precisamos ser um “monte” de músculos, tão pouco fazer dezenas de cirurgias plásticas e acabar perdendo nossa “identidade”.
Vamos pensar no corpo e na atração sexual. O que mais chama atenção do homem quando olha uma mulher? A resposta mais freqüente seria o quadril, mas, agora pensando no padrão “Gisele Bündchen de beleza” que muitas mulheres estão adotando eu me pergunto, onde está o corpo de curvas e quadril saliente, objeto de desejo masculino nessas mulheres? Talvez compensados pelos 500 Ml de silicone colocado nas mamas? É, provavelmente sim! Agora para as mulheres, o que mais chama atenção da mulher quando olha um homem? São pernas, braços, abdômen, tórax... Mas tudo sempre muito bem definido, senão se torna broxante! Essa parece ser a idéia de “corpo atraente” para muitos.
Isto de certa forma acaba gerando um “desconforto”, criando uma dificuldade para alguns até mesmo de se relacionar. Alguns indivíduos sentem vergonha do próprio corpo e se afastam se escondem ou então acabam entrando para o grupo dos anoréxicos e bulímicos, que acaba sendo uma saída radical para muitos indivíduos, saída bastante perigosa, diga-se de passagem.
Essas pessoas por vezes sentem-se “pressionadas” e acabam obcecadas por dietas ou até mesmo ausência de alimentação. Mas o problema ainda continua com o uso indevido de anabolizantes por parte dos homens e muitos ainda na adolescência na busca enlouquecida pelo “corpo perfeito”. Uma briga constante acontece: mulheres querendo diminuir o que acreditam estar grande e homens querendo aumentar o que acreditam estar ou ser pequeno.
O texto mostra um belo exemplo de liberdade de expressão quando fala de Leila Diniz. Aparentemente, ela foi uma figura marcante, já que vivia sua vida da maneira que ela achava melhor, talvez para muitos não a mais adequada, mas a maneira em que ela se sentia bem sentia-se ela mesma, sentia-se livre. Assumindo “imperfeições” como qualidades marcantes. Deixando transparecer que era uma mulher que passou por inúmeras experiências de vida e era linda, se achava linda. Ela se aceitava.
Acredito que é exatamente isto que está faltando, homens e mulheres precisam se aceitar do jeito que são. Claro que praticar exercícios é muito bom para a saúde, desde que sem exageros, também é muito importante ter uma alimentação adequada, mas não precisamos parar de comer.
Não é tarde para começarmos a nos aceitar como somos, seja com ou sem rugas, gordo (a) ou magro(a), alto(a) ou baixo(a), louro(a) ou moreno(a). Acredito que todo mundo tem um “lado” Leila Diniz e não é tarde para assumi-lo da melhor maneira possível e ser feliz.

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